Friday, March 30, 2012

Teatro

Fernanda Quintana de Oliveira, a tímida, a nervosinha, a acanhada, resolveu fazer teatro.
No primeiro dia, chegou morrendo de medo, com sua fala trêmula e inconsistente. Relaxou quando percebeu que não era a única tímida, nervosinha e acanhada.

Está incorporando vários personagens, liberando a fala, entrando no clima mesmo.

É isso aí, e vamos que vamos!

Friday, January 15, 2010

Sempre achei paulistano muito elitista

Talvez por ter sido criada em uma família de gaúchos e morado grande parte de minha infância em Pouso Alegre, sempre senti o povo paulistano com o qual me relaciono bem elitista e preconceituoso. Nunca entendi isso. Poxa, o pessoal nordestino veio pra cá e construiu a sua bela casa, a empregada da Bahia limpa sua casa e faz sua comida e aquela cearense faz você rir no Zorra Total. Acho que eles mereciam um pouco mais de respeito. E não colocar todos eles na mesma categoria de "baianos" e falar que são burros, sujos e ignorantes. Isso é muita falta de educação!!!!!!!

Estou revoltada com isso porque fiquei sabendo que uma ex-vizinha do meu prédio não deixava os filhos dela entrarem na piscina. E o motivo não poderia ser mais ridículo. Simplesmente ela não queria que os filhos louros e de olhos azuis se misturassem com o filho do zelador, que por morar no prédio merece e tem o direito de usar a piscina.

Ou seja, ela privou seus filhos de se divertirem na piscina e de brincar por puro elitismo e falta total de bom senso.

Que Deus tenha piedade de seus filhos, pois vão crescer em um mundinho irreal. E quando acordarem, talvez seja tarde demais.

Saturday, December 19, 2009

Nossos presos e os presos deles.

Americano é preso injustamente e passa 35 anos na cadeia. A justiça foi feita, ele é solto e fala ao celular pela primeira vez. Pela primeira vez?????? Esse cara realmente estava encarcerado. É isso que chamo de cadeia.

Se ele visse nossos presídios, onde todos tem acesso a celular... Ele realmente ia se sentir muuuuuuuuuuito injustiçado.

Thursday, December 17, 2009

Tabu: falar sobre a perda

Filho de atleta chilena morre com 9 dias de vida.
Uma conhecida perdeu o filho com 5 meses de gestação.
25% da mulheres grávidas perdem o filho.

Minha segunda gravidez não desenvolveu e tive aborto espontâneo com 10 semanas.

Prefiro dizer que não perdi e que meu filho não morreu. Somente não desenvolveu.

Thursday, December 03, 2009

O que eu quero para SP em 2010

Papai Noel, eu quero o básico:

Eu quero parar o carro na rua e não ser importunada por flanelinhas.
Eu quero que as crianças sejam proibidas de pedir dinheiro no farol.
Eu quero andar no centro e não desviar de camelôs que não pagam impostos.
Eu quero ver a polícia parando os carros que fazem besteira.
Eu quero transporte público eficiente.
Eu quero ser respeitada por outros motoristas.
Eu quero mais respeito com os pedestres.
Eu quero deixar a bolsa no banco da frente e andar de vidro aberto.

Será que é pedir muito?

Tuesday, November 10, 2009

Sequência: Vocação

Bom, como eu ia falando... Saí do último emprego e fiquei em casa cuidando do meu filho. Eu sabia que seria o melhor para todo mundo, mas no fundo eu sempre me cobrei no campo profissional, e achava que a decisão de parar seria um ponto final na minha carreira, afinal ninguém ia querer contratar uma mãe que não ficaria até tarde trabalhando. Pensamento bem negativo, mas realista.

Aí você começa a pensar em alternativas. Mas rolou um pânico! O que fazer? O que dá pra fazer? Daria pra voltar ao mercado sim; quando você sabe o que quer e vai atrás, não tem desculpa, não tem filho que prende, não tem preconceito que te segure. Mas se você ainda tem dúvidas? Tudo é desculpa pra não ir pra frente. E é nessa situação que eu me encontro. E pra enrolar mais as coisas, fiquei grávida de novo, hehehe

Acho que eu vou fazer teste vocacional e parar de inventar desculpas. Salários/orçamentos baixos e chefes/clientes exigentes sempre vão existir, não é mesmo? Se não dá pra fugir, conviva bem com eles. E fazer o que dá prazer é a chave do bem-estar, e disso eu nunca vou desistir, só preciso achar o caminho.

Wednesday, November 04, 2009

Vocação: qual é a sua?

Eu definitivamente fiz quase de tudo na área de comunicação e mesmo assim ainda estou em cima do muro, não sei o que quero. Comecei como recepcionista em uma agência de publicidade em que o dono era um japonês malucão que vivia gritando com os funcionários, socando e batendo nas mesas. Saí de lá correndo, acho até que aguentei demais.

Depois fui trabalhar com assessoria de imprensa, na verdade fui jogada lá pra ser "secretária" de algum setor que não me lembro agora: mandava releases por fax, datilografafa etiquetas, montava press-kits e eventualmente ajudava a organizar eventos. A empresa passou por altos e baixos, e resolvi sair, estava muito infeliz e me sentia incompetente, apesar de todos gostarem do meu trabalho.

Aí fui pra uma agência grandona dessas que aparece em revista pra fazer checking, o que significa verificar se todos os anúncios foram veiculados. Nem preciso dizer que não deu muito certo.

Queria mesmo trabalhar com redação publicitária, então fui chamada por uma empresa pequena onde me ofereceram um cargo como redatora. Fiquei lá uns bons anos, até que me mudei para Los Angeles com meu marido, onde fiz um curso de design gráfico.

Voltei de lá e trabalhei em 3 lugares como assistente de arte, sempre com baixos salários e sem registro correto na carteira. Até conhecer um profissional muito talentoso que já tinha montado uma empresa, e resolvi investir uma grana pra entrar de sócia. Posso dizer que coloquei ali minha alma, sangue e lágrimas (muitas lágrimas). Saí da sociedade chateada e muito triste, até com um rancorzinho incômodo, daqueles que a gente insiste em dizer que não tem.

Bom, a história não acaba aí. Fiquei muito traumatizada com essa última experiência que não quis mais fazer criação. Achei que era preparada pra assumir algo que envolvesse planejamento, pesquisa, etc.

Aí entrei pra outra empresa "grandona" dessas que sai em revista. Uma empresa muito respeitada e cheia de prêmios, ou seja, um sonho de consumo pra qualquer profissional. Entrei como gerente de planejamento, e logo de cara fui apresentada a um projeto de um novo portfolio que virou um pesadelo pra mim, ou seja, só levei bronca e de novo me senti uma completa incompetente! Logo depois deste desastre inicial, fui incumbida de cuidar do financeiro e do mailing, coisas completamente burocráticas. Posso dizer que dei um jeito nessa área, mas fui tateando no início sem ter muita certeza do que estava fazendo, e aí vieram broncas homéricas na frente de todo mundo, dessas que tiram nosso chão e deixam a gente arrasada. Daí pra frente foram momentos de extrema insegurança misturados com pequenos elogios e broncas pra lá pra feias. Isso sem contar que fiquei grávida. Bom, consegui aguentar até sair de licença, mas quando voltei, a sensação ruim era insuportável, e com muita firmeza resolvi pedir as contas.
Continua...